terça-feira, 27 de julho de 2010

Há um Dunga dentro de mim...

Fonte: Copawriters
Eu tenho um Dunga interior... Sim, você leu direito, dentro de mim há uma pessoa rabugenta, mal-humorada (que novidade!) pronta para te mandar para aquele lugar. O Dunga hoje pode ser a pessoa mais odiada no mundo do futebol hoje em dia, mas ninguém pode deixar de notar que o cara foi coerente com aquilo que ele acreditava, e caiu junto com as suas convicções.

Eu também sou assim. Eu sempre acredito que o que eu faço é o certo e não admito que alguém venha dar pitacos seja no meu trabalho ou em qualquer outra coisa minha. Enquanto todos sem exceção pediam Ganso e Neymar na seleção, o Dunga cada vez mais se fechou em suas convicções e não atendeu ao apelo popular.

Eu também sou assim. Quanto mais alguém fala sobre como eu deveria fazer ou agir, eu tampo meus ouvidos e me fecho em meu mundinho promíscuo e sacana, e vou além, faço exatamente pior sempre em cima das minhas convicções.

Lembra da minha célebre frase? "Se eu erro, o problema é meu!", pois bem, sou uma pessoa que acaba caindo e com certeza morrerei em cima daquilo que eu acredito ser o certo. Você pode me dar sugestão ou me criticar, é seu direito e eu te respeito, eu vou te ouvir, mas nunca pense que eu farei algo só porque você falou ou porque todos pensem assim. Se eu erro, o problema é meu, e faço tudo de novo, sem tirar nem por!

É por isso, principalmente que eu nunca me dou bem em relacionamentos, de qualquer tipo, prefiro estar só do que ter alguém do meu lado me dizendo o que devo ou tenho que fazer. Quando a gente passa dos trinta anos, adquirimos péssimos hábitos, e coitado de quem pensa ou "acha" que pode mudar. E muitas tentaram, até hoje tenho muita dó delas. Eu sou irredutível em determinadas situações, nunca me peça para escolher entre duas coisas, estando você entre elas, eu garanto que você terá uma decepção e das grandes.

Sei que vou envelhecer e morrer só. É um pequeno preço a se pagar por não me render ao senso comum. Juro que no passado tentei ser igual a todos, ser mais receptivo e aceitar trabalhar em grupo. Tive muitas decepções e o meu traseiro dói até hoje, por conta dos pontapés que levei.

Eu sou o que sou, e quem quiser me aceite assim, ou então...

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