domingo, 5 de fevereiro de 2017

O CEO do Uber abandona o conselho executivo de Trump

Trump reuniu um conselho executivo de empresários para receber conselhos sobre políticas econômicas em dezembro do ano passado. Os CEOS das empresas Tesla, Uber, General Motors, JP Morgan Chase Company e Pepsico, fazem parte desse fórum.

Travis Kalanick via The Next Web
Travis Kalanick, CEO do Uber, anunciou que está deixando o conselho em um memorando para os seus empregados. A ordem executiva de proibir imigrantes de sete países do oriente médio fez com que os funcionários do Uber ficassem preocupados pelo fato do patrão apoiar e fazer parte do conselho de apoio de Trump. Kalanick afirmou que nunca teve a intenção de apoiar e/ou endossar o presidente ou sua agenda, e que foi mal interpretado em relação a isso.

O Uber está enfrentando problemas com a campanha #DeleteUber, que fez com que as pessoas abandonassem o serviço após o aumento de preço nas viagens para aeroportos onde as pessoas estavam protestando ordem executiva Trump. A desculpa foi de que o Uber só queria facilitar o acesso das pessoas aos aeroportos. Cerca de 200000 pessoas apagaram suas contas.

Para reduzir o impacto da ordem executiva de Trump, a empresa criou um fundo de defesa legal de US$ 3 milhões para ajudar os motoristas em sua plataforma com questões de imigração e prometeu apoio jurídico 24/7 para eles o que claramente não foi suficiente para que seus funcionários ainda achem que a posição de Kalanick no conselho consultivo conta como um alinhamento com o Presidente.

Já o CEO da Tesla e SpaceX Elon Musk permanece no conselho pois acredita que estando lá, irá ajudá-lo a se aproximar de seus objetivos de tornar a humanidade "uma civilização multi-planetária" e criar centenas de milhares de empregos, conforme seu tweet:

Tenho a impressão de que Elon Musk vai desperdiçar o seu tempo...

Embora a posição assumida pelos funcionários do Uber seja de fato justificável, dada a atual situação política nos Estados Unidos, não parece provável que a empresa tenha uma melhor chance de efetuar mudanças agora que seu CEO não é mais um conselheiro do presidente. Mas, em última instância, é a ação e o impacto que realmente contam, e teremos que esperar para ver se o Uber e as outras empresas de tecnologia podem realmente fazer a diferença na luta contra essa ordem executiva.

Fonte: The Next Web

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