fonte: The Next Web, crédito: Delete |
Para muitos de nós, nosso celular se tornou uma extensão da nossa mão (ou do nosso corpo). Se isso é saudável ou não vai depender em como isso afeta nossas vidas, mas para muitas pessoas, é a causa de discussões, conflitos e pode até resultar na perda de seus empregos.
O vício de celular é muitas vezes referido como nomofobia, juntando as palavras "não", "celular" e "fobia", para explicar um medo irracional quando você não tem acesso à conexão do celular.
Eduardo Guedes, pesquisador e conselheiro especializado em mídia digital no Delete, disse a La Nación: "O uso se torna abusivo quando o virtual interfere com o real, quando alguém perde o controle, esse nível de dependência é fácil de cair".
Quando os pacientes chegam no Delete, eles fazem uma prova para determinar o tipo de dependência que possuem e um profissional avalia se eles têm alguma ansiedade, fobia social ou transtorno obsessivo-compulsivo. No próximo passo, os pacientes são separados em três grupos, dependendo do nível e tipo de dependência que eles possuem e, em seguida, recebem tratamento personalizado.
Os funcionários do instituto realizam reuniões semanais onde os pacientes compartilham suas experiências e experimentam diferentes exercícios, como assistir a um filme ou mesmo ler um livro sem olhar para seus telefones.
Os pacientes também aprendem táticas para evitar o excesso de uso do dispositivo. Alguns casos exigem medicação, de acordo com o relatório.
Mas os efeitos não se limitam à psicologia, pois alguns pacientes até desenvolvem problemas no pescoço de olhar demais para os seus telefones e também precisam de tratamento especial para isso.
Isso pode parecer engraçado para alguns, mas em um tempo em que 77% dos americanos possuem smartphones e passam uma média de quase 3 horas todos os dias, é uma questão importante e não é algo que deve ser levado levemente.
O Delete é o primeiro instituto desse tipo na região, apesar do Brasil ter o quarto maior uso de internet em todo o mundo. Nos EUA, já existem vários programas para ajudar esse tipo de vícios, como reSTART e Caron Treatment Centers, mas esses serviços muitas vezes faltam em todo o mundo.
A nomofobia ainda não foi listada como um vício ou fobia oficial pelo Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais, mas é fácil ver os efeitos que tem sobre as pessoas, especialmente os jovens adultos da geração atual.
Bem, no meu caso, não fico tão apreensivo ou agitado sem o celular, pois eu já escrevi sobre o meu ódio por esses dispositivos, mas ficar sem internet isso eu não admito, a minha vida atualmente não faz sentido sem o mundo virtual, nem mais me lembro como era a minha vida sem ela. Se esse é o meu vício, que assim seja!
fonte: The Next Web