domingo, 18 de novembro de 2007

Sobre Darfur


Um domigo bem chato, e sem as minhas tradicionais rapidinhas, mas há algo que quero dizer. A Du postou em seu blog uma campanha para salvar Darfur, uma província do Sudão que por causa da guerra, a fome e a pobreza se alastraram e é triste ver as imagens que são colocadas na rede ou em qualquer mídia. Mas o que fazer realmente?

Vou ser sincero, essas campanhas nascem num único momento e depois todos se esquecem, a cada ano, resolvem escolher uma região sofrida do mundo, e são muitas, e artistas fazem shows ou gravam discos, cujas rendas são convertidas em benefícios, ongs e fundações são criadas, muito se é falado, as pessoas se compadecem, mas o problema continua, pois tais atitudes são meros paliativos. A doença nunca é curada! A causa de tudo isso permanece lá, intocável e difícil de ser alcançada.

De que adiantou os EUA invadir o Iraque e prender Saddam Hussein? De que adiantou a morte de Saddam Hussein? O povo iraquiano continua a viver na pobreza e imerso em conflitos e mortes sem fim. Mudou alguma coisa? É claro que todo mundo sabe que a invasão do Iraque teve um motivo, o econômico, ou por assim melhor dizer, o petróleo.

Aliás, a fome e a pobreza na África são benéficas para muita gente e corporações poderosas, assim como acontece no Brasil: porque não há investimento no norte/nordeste para manter as pessoas por lá? Eu sei que todos sabem as respostas, não preciso mencionar.

Se hoje é Darfur, no passado foi a Etiópia, Timor, Haiti e por ai vai, a lista é longa. O que será no futuro? O Brasil pode ser candidato... Se não acreditam, vejamos

  • O Amazonas é uma região muito rica em minérios e principalmente urânio, além de água doce. Há muito tempo, os poderosos querem uma fatia, senão, o bolo inteiro.
  • O petróleo vai chegar ao fim, mas enquanto isso se descobre que em Santos há uma bacia que pode elevar a nossa produção fazendo com que o Brasil suba nos rankings internacionais.

São dois exemplos que num futuro bem próximo podem fazer com que as armas sejam apontadas para a nossa cabeça. Porque no mundo de hoje não há mais guerra fria, e sim guerra de mercados, e se nossos governantes não abrirem os olhos, poderemos ser declarados inimigos por alguém ou nação.

Vivemos num mundo onde o dinheiro fala mais alto e as pessoas não têm escrúpulos para atingir seus objetivos.

Por isso, não vejo a luz no fim do túnel. Sim, eu sou um pessimista.

Assinarei a petição, farei minha parte, mas sei que não vai dar em nada, a não ser que se mude a mentalidade humana.

Saiba mais sobre Darfur aqui.

Assine a petição online aqui.



Lembrem-se: EU E OS GATOS TEMOS ALGO EM COMUM... SOMOS GATOS!

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