fonte: Conversa Afiada |
E ela é tão simples, e se isso fizer muitos jogadores saírem do país, que assim seja. Que os campeonatos sejam nivelados por baixo, mas já passou da hora dos clubes adotarem um teto salarial comum a todos, se quiserem sobreviver, pois a grana da TV vai secar. Ou os clubes se adaptam para uma nova realidade, ou será o fim.
E a CBF tem que ser a mediadora dessa nova solução, punindo os clubes seja caindo para uma divisão inferior ou com a perda da grana da TV. Alguma coisa tem que ser feita. Ver cabeças de bagre ganhando mais de 300 mil por mês, como eu disse, é uma afronta ao trabalhador comum.
Com um teto salarial comum a todas as equipes escrito em lei, vai evitar que equipes ofereçam salários astronômicos e roubem jogadores de outras equipes. De que adianta pagar uma fortuna para os jogadores se os clubes acabam transformando um mês de trinta dias em três meses, como acontece principalmente no Rio de Janeiro, e começa a acontecer também em São Paulo?
Todos os grandes clubes devem impostos, previdência e o que mais se imaginar. E a esperança fica sempre na expectativa do governo fazer uma anistia vergonhosa e inescrupulosa. Algum órgão tem que monitorar as atividades financeiras dos clubes, seja criado pelo governo ou a própria CBF tomar vergonha na cara e fazer o que for preciso (coisa difícil de acontecer...)
E também tem que mudar a Lei Pelé. O clube tem que ter poder em suas categorias de base dominada pelos empresários inescrupulosos. O moleque nem saiu das fraldas e já tem alguém cuidado de seus interesses. Isso é uma vergonha!
Dar mais atenção às categorias de base é também parte importante e significativa dessa nova era. E proibir que jogadores menores de idade já tenham empresários ou de novo, os clubes se unirem e só aceitar jogadores sem vínculo nenhum à esses sanguessugas do futebol brasileiro.
Pode clubes como o São Paulo e o Corinthians ter uma folha salarial de cerca de 10 milhões por mês, e ter pseudo-craques ganhando fortunas? A realidade do futebol brasileiro não dá mais para comportar isso, tem que haver um enxugamento e se isso resultar em mais jogadores saindo do país, que assim seja.
Ainda há tempo para salvar o futebol brasileiro. A união dos clubes se faz necessária e fundamental, ou o fundo do poço será pequeno para abrigar a todos.