Meu primeiro contato com eles foi com um compacto simples que eu tinha ganhado de meu meio-irmão. E eu o tocava naquela minha vitrolinha a todo momento. Não sabia que eles já tinham se separando anos antes, mas suas canções me cativaram da mesma maneira como hoje fazem com os jovens. Eles são referências para qualquer um que entre na área musical, especialmente para aqueles que realmente são roqueiros e é inadmissível alguém entrar nesse meio sem conhecê-los.
Hoje após 40 anos, eles ainda são líderes em vendas no mundo. Eles continuam sendo um fenômeno musical. Sim, estou falando dos Beatles, e o compacto simples trazia as canções Let it be e You know my name. E com o passar do tempo, acabei descobrindo quem era a verdadeira cabeça da banda, o revolucionário por assim dizer, John Lennon!
Apesar da maioria das canções terem a assinatura Lennon/McCartney, dava claramente para perceber quem realmente escrevia cada música. Paul McCartney era mais pop, com canções bem mais leves, românticas e digestíveis. As canções de John Lennon eram mais ácidas, revolucionárias, e continham uma certa dose de amargura pela vida difícil que ele tinha levado (seus pais o abandonaram, ele morou com a tia). E vi em Lennon, simplesmente o cara!
Na época em que eu comecei a curtir os Beatles, John Lennon estava no seu jejum musical de 5 anos. Em 1975, ele decidiu abandonar sua carreira para poder acompanhar o crescimento do seu filho Sean, com a sua 2ª mulher, Yoko Ono(para muitos fãs, a principal causadora da separação da banda no fim dos anos 60). Um detalhe, ele já tinha um filho, do primeiro casamento, lá pela metade dos anos 60. Há também uma teoria de que esse retiro musical se deu ao fato de que John era um cara perseguido pela CIA, suas canções de protesto (especialmente contra a guerra do Vietnam) lhe rendeu muita dor de cabeça nos EUA, e ele não queria ser deportado.
Em 1980, eu trabalhava numa padaria, como ajudante (ou seja, um escravo). Não existia a internet, portanto as notícias não chegavam ao mesmo tempo, mas quando soube o lançamento de Double Fantasy, em novembro, não tive dúvidas, primeiro viriam os compactos simples e duplos, depois o LP propriamente dito. A principal música de trabalho, Just Like Starting Over falava de um renascimento, de um começar de novo, e com a volta de Lennon no cenário musical, crescia também a especulação da possível volta dos Beatles. Eu era só alegria e felicidade. Meu ídolo estava de volta. Encomendei tudo que ia ser lançado, tinha gasto toda a minha grana.
O dia 08 de dezembro transcorreu tranquilo, fui dormir por volta das 22h, pois tinha que acordar bem cedo no outro dia (para trabalhar, é claro!). Nem imaginava que nessa noite algo trágico estava acontecendo.
Somente no dia seguinte, 09 de dezembro, acabei tomando conhecimento da tragédia ao chegar às 5 da matina na padaria, e vi atrás do caixa um jornal, devia ser o Jornal da Tarde, com a primeira página estampando a morte de John Lennon, aquele fundo preto no jornal me entorpeceu. Fiquei ali parado, estático, sem conseguir pronunciar nada, com os olhos cheios de lágrimas. Fui para o fundo da padaria e longe de todos acabei chorando muito, dava murros na parede feito um louco. Não conseguia acreditar que um mongolóide, um traste, havia tirado a vida do meu ídolo máximo.
E eu não acreditava mesmo. Cheguei em casa, após as 14h, e colocava em todos os canais da TV, e lá estava o fato trágico. Era verdade, John Lennon tinha sido baleado por um cara que lhe tinha pedido um autógrafo próximo ao pédio em que morava. E aí eu cai na real, que o sonho tinha acabado.
O resto do dia foi péssimo, não sai da cama, fiquei ouvindo os discos dos Beatles e os do John lennon repetidamente. Parecia que o mundo havia desabado em cima da minha cabeça.
Hoje, 29 anos após a sua morte, lembro do passado e fica uma pontinha de tristeza. Sabendo que outro cara igual como ele, tanto em atitude quanto em pensamento, não mais haverá igual.
Apesar da maioria das canções terem a assinatura Lennon/McCartney, dava claramente para perceber quem realmente escrevia cada música. Paul McCartney era mais pop, com canções bem mais leves, românticas e digestíveis. As canções de John Lennon eram mais ácidas, revolucionárias, e continham uma certa dose de amargura pela vida difícil que ele tinha levado (seus pais o abandonaram, ele morou com a tia). E vi em Lennon, simplesmente o cara!
Na época em que eu comecei a curtir os Beatles, John Lennon estava no seu jejum musical de 5 anos. Em 1975, ele decidiu abandonar sua carreira para poder acompanhar o crescimento do seu filho Sean, com a sua 2ª mulher, Yoko Ono(para muitos fãs, a principal causadora da separação da banda no fim dos anos 60). Um detalhe, ele já tinha um filho, do primeiro casamento, lá pela metade dos anos 60. Há também uma teoria de que esse retiro musical se deu ao fato de que John era um cara perseguido pela CIA, suas canções de protesto (especialmente contra a guerra do Vietnam) lhe rendeu muita dor de cabeça nos EUA, e ele não queria ser deportado.
Em 1980, eu trabalhava numa padaria, como ajudante (ou seja, um escravo). Não existia a internet, portanto as notícias não chegavam ao mesmo tempo, mas quando soube o lançamento de Double Fantasy, em novembro, não tive dúvidas, primeiro viriam os compactos simples e duplos, depois o LP propriamente dito. A principal música de trabalho, Just Like Starting Over falava de um renascimento, de um começar de novo, e com a volta de Lennon no cenário musical, crescia também a especulação da possível volta dos Beatles. Eu era só alegria e felicidade. Meu ídolo estava de volta. Encomendei tudo que ia ser lançado, tinha gasto toda a minha grana.
O dia 08 de dezembro transcorreu tranquilo, fui dormir por volta das 22h, pois tinha que acordar bem cedo no outro dia (para trabalhar, é claro!). Nem imaginava que nessa noite algo trágico estava acontecendo.
Somente no dia seguinte, 09 de dezembro, acabei tomando conhecimento da tragédia ao chegar às 5 da matina na padaria, e vi atrás do caixa um jornal, devia ser o Jornal da Tarde, com a primeira página estampando a morte de John Lennon, aquele fundo preto no jornal me entorpeceu. Fiquei ali parado, estático, sem conseguir pronunciar nada, com os olhos cheios de lágrimas. Fui para o fundo da padaria e longe de todos acabei chorando muito, dava murros na parede feito um louco. Não conseguia acreditar que um mongolóide, um traste, havia tirado a vida do meu ídolo máximo.
E eu não acreditava mesmo. Cheguei em casa, após as 14h, e colocava em todos os canais da TV, e lá estava o fato trágico. Era verdade, John Lennon tinha sido baleado por um cara que lhe tinha pedido um autógrafo próximo ao pédio em que morava. E aí eu cai na real, que o sonho tinha acabado.
O resto do dia foi péssimo, não sai da cama, fiquei ouvindo os discos dos Beatles e os do John lennon repetidamente. Parecia que o mundo havia desabado em cima da minha cabeça.
Hoje, 29 anos após a sua morte, lembro do passado e fica uma pontinha de tristeza. Sabendo que outro cara igual como ele, tanto em atitude quanto em pensamento, não mais haverá igual.