Tanto ontem como hoje, como é de praxe, estive jogando Magic na Devir, e no caminho para a loja, passo sempre pelo centro de São Paulo, e fico enojado com a sujeira e o descaso com o patrimônio público, além da pobreza e do perigo de ser abordado por algum meliante.
E eu pergunto: o que fazer para o centro de Sampa se tornar mais limpo e mais atraente, não só para nós, paulistanos, mas também para o que nos visitam?
Parte de nós mesmos enquanto cidadãos conscientes de nossos deveres, não sujar e exigir das autoridades medidas fortes, pois pagamos muito imposto, sendo pessoas físicas ou jurídicas.
Sempre tive em mente uma idéia que poderia acontecer, mas que ninguém tem coragem de fazer, porque o pessoal dos direitos humanos certamente cairiam de pau, e porque fere a constituição, naquela parte que diz do direito de ir e vir, mas na minha opinião, ter direitos está relacionado ao cumprimento de deveres, coisas que ninguém mais se lembra disso.
A minha idéia é a seguinte: Projeto São Paulo Limpa, ou seja, limpar a cidade removendo camelôs, mendigos e meninos de rua. Com tanto dinheiro que entra nos cofres públicos, poderia ser criado uma secretaria para tal fim. No caso de camelos, seria proibida instalação de barracas na calçada, e sim, em locais determinados, onde a prefeitura ou estado cederiam áreas, para fazer uma coisa mais organizada. Já se tentou fazer algo do tipo, os camelos se rebelaram e tocaram terror nas ruas do centro, quebrando tudo, fechando lojas, uma verdadeira guerra, mas nossos governantes recuaram e a coisa está insuportável, andar em determinadas ruas é impossível. O governo não teve pulso e o caos rola solto, ao lado da pirataria, que é uma vergonha.
Quanto aos mendigos e meninos de rua, eles deveriam ser retirados das vias e alocados em locais que o governo poderia construir, com toda uma infraestrutura no tocante a saúde e educação, para assim dar dignidade a essas pessoas e inclui-las na sociedade. Essas casas da criança construídas pelo governo não resolvem a questão, porque não se pode obrigar o menor a ficar lá, porque fere o tão malfadado ECA, mas ficar na rua cheirando cola, assaltando, matando, isso pode!
Concomitantemente, o governo deveria investir no planejamento familiar e me desculpem, mas deveria ser uma coisa bem radical, no estilo chinês, um filho por família, dois ou mais dependendo das condições financeiras e olhe lá. Só sei que são idéias polêmicas, que num primeiro momento, causaria revolta, mas no fim, deixaria o centro da cidade e suas imediações muito mais aconchegantes.
Eu sei que o problema permaneceria na periferia da cidade, onde reina a violência e a pobreza, a falta de moradia e saneamento público, mas seria um começo que poderia se espalhar em cada ponto da cidade. Dinheiro tem, e muito, e o que falta é vontade política. Não há interesse porque isso não dá voto.
Na espera do ônibus, hoje de manhã, foi engraçado ver um homem e uma mulher discutindo e brigando em plena avenida Ipiranga, eles estavam vindo em direção a rua Sta Ifigênia, pararam, e o cara mal falava e tentava se esquivar dos tapas e empurrões da mulher, que ferozmente vociferava: me dá a minha grana, usou, usou, e não quer pagar, num sô tonta, não... Ele virou e voltou na direção da avenida São João, e a mulher sempre atrás, esbravejando como nunca. Moral da história: Comeu? Tem que pagar!
Continuem visitando Seawolf City, mas se quiserem vê-la prosperar, crie indústrias!
Lembrem-se: EU E OS GATOS TEMOS ALGO EM COMUM... SOMOS GATOS!