terça-feira, 20 de março de 2007

Hipocrisias Crentísticas I

Bem, conforme prometi, a primeira hipocrisia crentística que eu quando criança, tive a oportunidade de presenciar e ouvir (eu devia ter uns 12 ou 13 anos, e já era crítico em relação a qualquer religião):

Havia uma tia que eu não conhecia. A família de minha mãe é da Bahia e eu quase que não conheço ninguém, aliás, nem quero mais conhecer. Eles lá e eu cá. Mas voltando... Tinha escutado da minha própria mãe que essa irmã que ela tinha não batia bem da bola, quero dizer, saia com qualquer um que aparecesse na frente. Aí eu pensei, seria então uma prostituta? Bom, pelas palavras de minha mãe, não, essa minha tia era sim, uma pessoa muito ingênua. Na verdade, fiz de conta que acreditei, mas sabia muito bem o que ela era. Um dia, ela veio do Rio de Janeiro e passou um tempo em casa, e após ter três filhos de caras diferentes, ela resolveu virar evangélica. Ou seja, bateu aquela vontade de se endireitar e tentar o caminho para o paraíso. Ela então, deixou de ser pecadora, e a partir desse momento, ela começou a propagar a palavra de Deus. Lembro na época que foi bem difícil engolir essa “nova” tia, pois agora ela se portava como se fosse a guardiã da moral e dos bons costumes. Faz muito tempo que não a vejo, a última notícia dela foi há mais de 20 anos, era que estava morando lá na cidade maravilhosa.

Devo salientar que esse tipo de hipocrisia também acontece na igreja católica. Neguinho passa um tempo cometendo pecados e basta se confessar para ser perdoado, para logo em seguida começar a pecar novamente. É um círculo vicioso.

Uma coisa que eu ia esquecendo, minha tia tinha virado uma testemunha de Jeová. Uma facção evangélica da mais retrógrada que conheço. Tipo, não aceitam transfusão de sangue ou implantes de órgãos para salvar uma vida.
Esse tipo de coisa em pleno século 21 é de lascar. Nem vou comentar mais porque não tem sentido ficar discutindo isso.

Mais adiante, colocarei outras hipocrisias crentísticas.

Antes que alguém venha reclamar, eu respeito qualquer religião, e as pessoas que nelas freqüentam. A fé é o ópio do povão, logo quem sou eu para criticar? Mas tenho minhas opiniões e sempre vou colocar o que penso.

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