Estou revoltado nesse domingo.
Hoje teve o concurso para professores do estado, e lá estava eu para enfrentar a maratona de aproximadamente 8 horas (duas provas, múltipla escolha e dissertativa, 4 horas cada) na Uninove da Barra Funda. A primeira começava às 08h30min, e a segunda às 14h30min.
Quando eu digo que unip, uninove, uniisso ou uniaquilo é uma merda, ninguém acredita, só indo lá ver. Uma coisa eu reconheço, a estrutura do prédio é enorme, mas fiquei numa sala que tinha lousa quebrada, quase caindo da parede e carteiras que se não forem piores do que as dos colégios do estado, estão pau a pau. Agora e os seguranças? Todos troncudões, tratando os professores como se fosse gado em um curral. Acabei discutindo até com um deles.
Agora uma outra coisa me passou pela cabeça, porque o estado não utiliza sua própria estrutura para seus concursos? Porque precisa usar outras instituições? Não é um custo que poderia ser evitado? Será que o governo reconhece que seus colégios estão caindo aos pedaços e não tem como gerenciar o concurso? É o reconhecimento de sua própria incompetência? Com a palavra, o governador do Estado de São Paulo... (na verdade eu sei a resposta, alguém sempre tem que levar uma parte do bolo, não é?).
Bem, e quanto a prova? Muito bem elaborada se você for tentar uma vaga na universidade, mas acrescentou algo? O que eles queriam medir? A incompetência de nós, professores? O conteúdo exigido na prova de Matemática nada tem a ver com que é dado no ensino médio. Prove isso, demonstre aquilo... Vai contra tudo que o próprio estado prega: o fim do conteudismo!
A grande maioria saiu reclamando. O que eles realmente queriam medir com essa prova?
Eu estou pouco me lixando, já sou efetivo, e fui fazer o concurso apenas para poder aumentar a minha pontuação, mas e quem realmente precisa? Muitos saíram decepcionados, e com dúvidas se realmente eram professores de Matemática!
Bem, nem tudo foi ruim, no intervalo entre as duas provas, fui para a República de metrô e comi um belo número 1 do McDonalds com molho barbecue e torta de maçã, e aproveitei para descansar na nova Praça da República, debaixo das arvores, e observando a paisagem (diga-se de passagem, nunca muda, a pobreza continua lá na forma de crianças abandonadas, indigentes e trombadinhas só na tocaia, esperando por um zé mané.), depois passei nas Americanas apenas para ver se tinha algum dvd que me interessasse e voltei para a Uninove.
Em tempo, ontem coloquei mais um capítulo da história da raça humana, vejam aqui.