quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pessoas e livros, uma relação muito íntima

Eu costumo comparar as pessoas como se elas fossem um livro. Você pode viver anos e anos com alguém e nunca conhecê-la de verdade. Sim, muitas pessoas tem um lado negro, ou sombrio que fica ali guardado,bem escondido. E quando esse lado aflora, você fica pasmo, e acaba nem reconhecendo a pessoa em questão.

A comparação que faço funciona assim:

Há livros que ao ler a primeira página, você já reconhece a toda trama e sabe muito bem o que vai acontecer no fim. A coisa toda é previsível. Pois bem, existem pessoas que logo que as vê e/ou fala com elas, você já reconhece perfeitamente o que e como elas são. Elas são muito transparentes. Ou você as ama ou as odeia.

Agora, existem pessoas que parecem livros cuja trama você só vai perceber muitas e muitas páginas depois. Alguns livros que você lê, a trama não é percebida nem em seus finais. Pessoas assim são complicadas. Elas podem parecer boazinhas e puras por um lado, mas do outro, elas parecem ser o demônio encarnado, ou cometedoras de crimes inimagináveis.

Vejam o caso do médico Roger Abdelmassih, o cara era o top, a referência em fertilização, o mundo se referenciava à ele, e na verdade ele não passava de um estuprador compulsivo. Ou aquele outro médico, Eugênio Chipkevitch, que era referência mundial em medicina para adolescentes, que cometeu inúmeros abusos sexuais em muitos meninos e rapazes.

Como conceber que pessoas respeitáveis em seus meios, pessoas tops de linha possam ter cometido esses crimes? Eu tenho uma opinião sobre isso. Todos nós temos algo que escondemos dos outros, um lado sombrio mesmo. A minha depressão e solidão traz também certa natureza destrutiva destrutiva que eu até já mencionei em algum post passado. Ou seja, você nunca pode ter certeza sobre a pessoa ao seu lado, mesmo se você for até a página 100 do livro relacionado à ela.

Na minha profissão, essa relação pessoa-livro é muito grande. Tem alunos que você só precisa ir até a página 1, no máximo 3, esses são transparentes e você sabe o que pode vir deles, para o bem ou para o mal. Já há uma maioria na qual você necessita ir de páginas em páginas para compreendê-las, esses guardam muito bem determinadas características, sejam boas ou más.

Sinceramente, eu prefiro aqueles que já na página 1, mostram o que são na verdade, e você tem certeza que dessas, pode se esperar tudo. Já aqueles que ficam com sorrisinhos ao seu lado ou tentam ser muito prestativos, acabam longe de você querendo é te destruir de várias maneiras possíveis. E não é só com alunos. Tem até colega de trabalho e gente da própria família que são assim.

Como seria a relação da minha pessoa com um livro? Até que página vocês poderiam ir? Eu não saberia dizer, vocês precisariam me conhecer melhor, conviver comigo, mas ai eu já garanto, eu sou um porre além do que mencionei antes, um cara cheio de problemas e complexos. Alguém se habilita?







Um detalhe verídico: As mulheres são muito complicadas e os livros relacionado à elas não tem um fim. As páginas são ilegíveis, incompreensíveis, mostrando que a complexidade delas tendem ao infinito, matematicamente falando!

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