Vento
Vento que atravessa o âmago do meu ser
Entrecortante, cruel e implacável
Navalhas que dilaceram minha alma
Dor lancinante e inexplicável
Vento que varre as sujeiras de meu ser
Nojentas, pútridas e pegajosas
Poeira fétida que arde os olhos
Na face, lágrimas viscosas
Vento que mina a resistência de meu ser
Poderoso, rude e esmagador
Esmagando a carne já fétida
Anestesiada, não sente mais dor
Vento que traz pestes e doenças em meu ser
Incuráveis, dolorosas e letais
Pústulas que proliferam na pele
É apenas o fim, e nada mais