Não é novidade que a Google vem trabalhando em um novo sistema operacional que pode substituir o Android e/ou ChromeOS no futuro, chamado de
Fuchsia. Semana passada a empresa lançou um site com a documentação oficial.
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fonte: Android Police |
A Google vem silenciosamente trabalhando em um novo sistema operacional chamado "Fuchsia" há anos, com detalhes, rumores e especulação desenfreada circulando pela blogosfera toda vez que novos boatos se espalham. Ontem, a empresa criou um
site de documentação oficial no fuchsia.dev, com instruções e detalhes que podem ajudar os desenvolvedores a brincar com o sistema operacional inicial e seu software. Parece ser a mesma informação que estava disponível anteriormente no Fuchsia Git, mas com melhor formatação e em um domínio com propriedade do Google verificável (de acordo com o
WHOIS da ICANN).
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Um grau de minimalismo para deixar até Jony Ive ciumento, fonte: Android Police |
O site em sua forma atual é bastante esparso. A página de aterrissagem estática direciona o inquisitivo para um sumário da documentação disponível. As categorias para navegação incluem um código de conduta para repositórios associados, listas de discussão e outros espaços de comunicação; uma visão geral "começando" descrevendo o ambiente de compilação necessário (Debian/macOS recomendado por agora); instruções para construir/testar software na plataforma; e até mesmo exemplos para experimentar, que incluem clássicos como Cowsay e Fortune.
A
seção de documentação do sistema é provavelmente a mais curiosa entre os desenvolvedores e os técnicos, já que explica algumas das particularidades por trás do funcionamento do Fuchsia. Ao contrário dos outros sistemas operacionais do Google - ou seja, Android e Chrome OS - o Fuchsia não roda no kernel do Linux. Em vez disso, ele usa um microkernel chamado Zircon (anteriormente Magenta), que funciona de maneira muito diferente, externalizando o que normalmente seria considerado como componentes principais do kernel.
Caso estiver interessado em brincar com alguns softwares antigos da Fuchsia, visite o site de documentação do desenvolvedor, configure um ambiente de criação, inicie na Fuchsia e aproveite. O hardware suportado no momento da escrita inclui o Acer Switch Alpha 12 (que parece ter sido descontinuado), várias gerações do Intel NUC e o Google Pixelbook. Desenvolvedores que identificam problemas nos testes podem até
enviar correções para o Fuchsia.
É muito cedo para sabermos com certeza, mas esse novo site para desenvolvedores pode marcar um aumento nas prioridades internas da Google em relação ao Fuchsia.
fonte:
Android Police via
Fuchsia Developer Documentation