sábado, 7 de junho de 2008

Destruição 3ª Parte

Leiam: 1ª parte; 2ª parte

2 meses se passaram...


Durante todo esse tempo me mantive ocupado ora consertando coisas que resgatava dos escombros, ora lendo e aprendendo como pilotar o helicóptero novo em folha que eu tinha descoberto. Sempre fui autodidata, desde pequeno desmontava e montava um monte de coisas que faziam meus pais ficarem loucos e por pouco não provocava incêndios em casa ao mexer na eletricidade.

Com o tempo aprendi a ser menos impulsivo e dar mais atenção aos manuais de intruções, isto é, ler antes de mexer. E dessa vez, com esse helicóptero, eu teria que me concentrar e fazer a coisa certa e sem erros, pois, eu parecia ter todo o tempo disponível do mundo.

E assim o grande dia chegou. Era o meu primeiro teste, pretendia apenas levantar voo numa altura bem pequena, para que eu me acostumasse com os controles. Comecei apertando os botões na seqüência correta, as hélices começaram a girar, as condições do tempo estavam boas, o que era surpresa, já que as mudanças de climas eram constantes. Com a alavanca, eu controlava a sustentação do rotor, com o manche eu controlava a sua velocidade e senti a inércia e a gravidade me puxando para baixo; um frio percorreu o meu estomago... Era o helicóptero subindo, senti tudo vibrar, quando eu menos pensava eu já estava numa altura bem considerada, e dali pude perceber a extensão do holocausto sofrido, apenas ruínas em direção ao horizonte, seja qual direção eu olhava, era a visão do apocalipse que eu só tinha visto em filmes de ficção científica.

Comecei então a acionar os controles para a descida. A cada sacudida do helicóptero, meu coração saltava para fora, mas enfim, já estava em solo firme. Uau, pensei, consegui colocá-lo no ar... um grande avanço para quem tinha medo de dirigir carros e de altura. Nos dias que se seguiram, fiz o aparelho se deslocar em todas as direções, eu já estava também começando a fazer voos curtos. Combustível? Não era problema. Estava a minha disposição, e se precisasse mais, era só ir até outro heliporto ou aeroporto. Como já tinha dito antes, apesar de toda a destruição, apenas os seres vivos tinham praticamente desaparecidos, talvez desintegrados por alguma arma desconhecida... Eu disse praticamente? Sim, porque inexplicavelmente eu estava ali... Vivo!

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