Eu já estou cheio dessa coisa chamada de politicamente correto. Profissionais que falam para o público hoje em dia têm que se policiar para não dizer algo que possa ferir sentimentos ou causar constrangimentos para determinada pessoa ou grupo. Na minha profissão, isso é muito comum. Eu tenho que tomar cuidado com certas palavras ou frases, porque senão vem processo.
Chamar uma pessoa de gorda é o caos. Falar a palavra “neguinho” para representar um sujeito indeterminado é pedir por briga. Chamar alguém de preto ou negro é com certeza pedir por um processo de racismo. Dizer que tal garota está linda ou simplesmente só olhar para ela é assédio sexual com certeza.
E com essas e outras vamos tropeçando nas palavras até encontrar um termo ou um jeito que não possa se virar contra a gente.
Hoje, ouvindo o programa de esportes da rádio Jovem PAN AM, um dos repórteres da emissora que está cobrindo o tênis nos Eua, falou de uma homenagem que seria feita para uma tenista, que é negra. Na hora que ele falou o termo negra, parou um pouco e refez a frase usando afro americana. Querem saber a minha opinião? Uma tremenda idiotice. Ou seja, não se pode mais chamar ninguém de negro ou preto, e sim de afro alguma coisa. Pura balela.
Aliás, quem cria o preconceito são os próprios negros em suas atitudes.
Minha mãe era negra, meu padrasto também. Tenho muitos amigos negros e, portanto não tenho nenhum pudor em escrever ou falar essas palavras. Os negros têm que deixar de serem coitadinhos e lutar por uma posição de destaque na sociedade, ao invés de ficar pedindo por migalhas, as cotas nas universidades já é um exemplo disso. O passado já aconteceu e nada vai ser mudado. O negócio agora é olhar para o futuro e construir uma vida melhor.
De qualquer maneira, por causa de certas palavras, eu mesmo já enfrentei muito problemas na minha profissão, e com certeza vou continuar enfrentando. Sou contra esse tal de politicamente correto e vou discutir sempre que eu achar ser uma tremenda besteira.
Deveríamos é estar pensando em melhorar as condições do povo, dando trabalho e educação de qualidade, e não se perder em entraves da língua falada e escrita. Ficar passando a mão na cabeça e fazer uma política de dar aos pobres não vai curar a doença, e sim prolongá-la.