sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Coisas que não dá para entender!


A educação em São Paulo é um verdadeiro caos. Não vou ficar aqui relacionando tudo aquilo que já vem sendo dito, porque enche o saco ficar repetindo tudo de novo. Mas o que quero comentar aqui é essa coisa de 200 dias letivos que foi instituída, mas que na verdade, é só para inglês ver.

Anos atrás, havia apenas 180 dias letivos, tudo terminava no início de dezembro, havia então, uma recuperação intensiva de cerca de 2 semanas. Pelo menos sabíamos como proceder e tudo mais.

Mas aí, instituíram esses 200 dias, e eliminaram essa recuperação, e com a progressão continuada, veio recuperações contínuas (durante o bimestre) e paralelas (sempre no bimestre seguinte, em horário separado das aulas) e uma recuperação de férias, que era feita em Janeiro (essa recuperação foi extinta, porque era uma enganação só).

"Você tem que resolver esse problema sozinho. Você não pode telefonar para um suporte técnico.!"

O foco aqui são os 200 dias. Durante o ano, a supervisão escolar enche o saco da escola dizendo que dia letivo tem que ter aluno ou alguma atividade que envolva o aluno. E quando há falta de professor, tem que ter um eventual para substituir, senão, tal aula tem que ser reposta.

Ai vem o paradoxo, as notas do 4º bimestre têm que ser dadas pelo professor pelo menos até a primeira sexta de dezembro (e como ficam as presenças?), e em sendo assim, os alunos realmente nem vão mais as aulas. Ou seja, após o conselho, ficamos marcando presença no colégio, porque o ponto tem que ser assinado até mais ou menos 21 ou 22 de dezembro. No entender da supervisão, teria que ter aluno até esse dia, mas vistas grossas são feitas e todos são cúmplices nesse ponto, pois na verdade não existem os 200 dias letivos.

Esse ano, com a instituição da informática no estado inteiro, já avisaram que precisam das notas no fim de novembro, logo, dezembro inteiro vai ser uma festa, e nós professores, faremos parte de um teatro de mentiras que é a nossa educação.

"Não há ícones para clicar. Isto é uma lousa de giz."

Todos nós (professores e direção) temos culpa no cartório, porque as coisas vêm de cima e nada fazemos, e nesse sentido, somos todos palhaços!

Ou a sociedade começa a perceber esses problemas e façam uma ação ou as coisas ficarão do mesmo jeito, ou sendo bem pessimista tende a piorar.


Lembrem-se: EU E OS GATOS TEMOS ALGO EM COMUM... SOMOS GATOs!


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