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fonte: Etnias - A Morte da Língua Portuguesa |
1 - Estrangeirismo exacerbado
Uso de palavras estrangeiras sem necessidade, pois há o equivalente na nossa própria língua (tipo off para liquidação, squeeze para espremer, entre outras). Aportuguesamento de palavras inglesas, principalmente na informática, como o verbo embbed, que significa incorporar, mas que aqui virou embedar, tweet que virou tuíte e por aí vai.
Acredito que somente em casos excepcionais, quando não houver o equivalente na nossa língua, isso possa ser usado, mas lembre-se, a palavra saudade só existe no português e nem por isso os nativos da língua inglesa, por exemplo, tentam "inglesá-la". Para suprir essa palavra que não existe, eles tem algumas expressões como "longing" ou "I miss you", e até mesmo o verbo to see pode ser usado em determinadas frases...
2 - Linguagem coloquial
A linguagem coloquial é aquela falada sem o rigor da gramática ou escrita em tempos da internet (o famoso internetês). Nossos jovens que nasceram na era digital assassinam a boa gramática e usa essa linguagem, principalmente a que vem da internet em qualquer situação e não conseguem entender porque eles vão mal principalmente nas grandes provas institucionais. O nosso jovem também nem mais sabe as regras gramaticais corretas, mais aí entramos no próximo ítem...
3 - Ensino de Português
É uma heresia na educação falar em ensino tradicional. Não se pode mais ensinar português como era antes, como por exemplo as classes de palavras, as conjugações verbais e a análise sintática. E qual a conseqüência disso?
Temos alunos de concluintes do ensino médio que não sabe a diferença entre um verbo e um substantivo, quanto mais de um sujeito e predicado.
Ah, maldito ensino construtivista... Ainda bem que há professores que não concordam com essa linha e tasca o Caminho Suave nas crianças!
4 - Reformas ortográficas sem sentido
Como o nível da educação é baixo, nossos burocratas preferem mudar as regras gramaticais para "facilitar" o entendimento do nosso idioma, e acabam extinguindo o uso de certos de sinais ou acentos com o intuito de simplificar o nosso idioma ou a integração dos países que falam a língua portuguesa. Em Portugal, as críticas ainda são muitas e alguns jornalistas a repudiam escrevendo seus textos como antes, coisa que faço aqui no blog, pois rejeito totalmente essa reforma.
5 - Especialistas e/ou "pedabobos" do meio
Outro sinal lamentável é quando os especialistas da língua surgem com a proposta que o "falar errado" pode estar certo, desde que a mensagem a ser passada seja muito bem entendida, com a desculpa de que no Brasil a variância lingüistica é muito grande, ou seja, aqueles que deveriam proteger o nosso idioma são os primeiros a dizimá-lo.
As evidências de que o nosso idioma está enfraquecido pode ser observado tanto nas redações do ENEM ou de qualquer vestibular no país, quanto na formação de jornalistas e principalmente professores de português. Estamos massacrando a nossa língua portuguesa, e deixando o país cada vez menor enquanto nação. Mas ainda dá tempo disso reverter, basta ter seriedade e responsabilidade... Só que não! A educação é a última coisa que importa não só para os políticos, mas também para o povo, já que ao reeleger certas figuras, deu carta branca e concorda com toda a política educacional vigente.