quarta-feira, 22 de março de 2006

Casamento? Estou fora!

As pessoas dizem que eu devo crescer. Dizem que não sou mais criança e que devo ter mais responsabilidade na vida, casar, constituir família e deixar de ser tão fútil.
Dizem que devo contribuir para a sociedade com a minha inteligência e que não tenho mais idade para fazer loucuras.
Mas eu digo: sinto muito! Se crescer é casar e constituir família, e me tornar um cara castrado da sociedade, de acabar com tudo aquilo que gosto e vivencio, pois, dizem que cada um deve se doar um pouquinho para se viver a dois, então estou fora!

Em primeiro lugar, não deixo de fazer as coisas que gosto por causa de outras pessoas. Não chamo responsabilidades para o meu lado justamente porque não quero ser responsável por nada ou ninguém. Não acredito nessa coisa de doação. Eu acredito que uma relação entre um homem e uma mulher deva ser de soma, e não de perda. Cada um tem a sua individualidade, e se você perde isso, o outro acaba tomando conta de você.
Acredito numa coisa: confiança. E se isso não existir, então tal relacionamento é uma farsa.
Segundo, não acredito em casamento. É uma maneira que a sociedade encontrou para domar as pessoas, no sentido em que a mulher é supostamente uma propriedade do homem, e toda religião doutrina isso. Acredito que ninguém é de ninguém, e que o prazer deve ser igual para ambas as partes. Acredito no amor livre.
E terceiro, a vida é pra ser vivida. Eu não conseguiria viver para sempre com uma única mulher, aliás, esse negócio é meio utópico. As pessoas se cansam uma das outras. O tesão acaba, o sexo acaba. Acordar todo dia com a mesma pessoa, sentir certos cheiros desagradáveis, agüentar certas manias e teimosias fazem com que a vida a dois se deteriore.
Portanto sou o que sou e não pretendo mudar. Os incomodados que se fodam mudem.
E, além disso, não tenho que dar satisfação para ninguém, a não ser a mim mesmo.

Aliás, cansa certas pessoas que gostam de se intrometer na vida de outras. A vida delas deve ser tão pobre ou tão miserável que parece ser uma regra fazer da vida dos outros ser a mesma coisa. Se cada um se preocupasse com o que acontece debaixo de seu teto, ao invés de importunar quem realmente está vivendo a vida, o mundo seria um pouco melhor.

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