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Logo, vai chegar um momento em que o sistema entrará em colapso por não ter mais profissionais querendo seguir carreira no magistério. Uma coisa é certa, a grande maioria dos universitários nem sonham em seguir essa carreira, especialmente se for no ensino público do estado de São Paulo, que é governado pelo PSDB. Coisa semelhante deve estar acontecendo em outros estados, também governados por esse partido, que instituiu que o profissional da educação é um ser de alta periculosidade e tem que ser tratado como bandido, conforme podemos ver o que vem acontecendo em inúmeras manifestações da classe.
O futuro é negro. Não teremos mais professores nas escolas, se algumas projeções forem confirmadas. Inúmeros serão os motivos, dentre os quais:
5 - Violência
A família não apóia mais os professores. Em conseqüência, os alunos não mais os respeitam. O sistema educacional ainda ajuda com a malfadada progressão continuada, onde o aluno passa de qualquer jeito, mesmo sendo demonstrado que ele não tem condições nenhuma para seguir adiante. Os marginais estão sendo criados na escola, e como eles não recebem educação da família, não possuem estrutura para ouvir, por exemplo, um não. Uma grande parcela de professores vem sendo espancados não só pelos alunos, mas pasmem, também pelos próprios pais deles.
4 - Legislação educacional
A Legislação Educacional, ou o sistema imposto pelo PSDB, garante ao aluno, a certeza de que ele vai passar de ano. Em outras palavras, tirou do professor certos poderes tornando-o um inútil em sala de aula. Dá-se mais atenção à papelada, uma montanha de papéis que no fim das contas não irá servir para nada no final do ano. O professor faz parte de um teatro one ele finge que ensina e o aluno finge que aprende (Lembram-se da famosa Filosofia Vampeta?).
3 - Falta de apoio
O profissional da educação já não tem mais onde se apoiar. Do governo nada se pode esperar, da coordenação, direção e supervisão também não. São todos verdadeiros bonecos de Olinda que seguem a cartilha que vem do governo onde tudo é culpa do professor. Os baixos índices da educação é totalmente culpa do incompetente do professor. E das famílias dos alunos também nada se pode esperar, já que o professor geralmente é visto como um vagabundo que tem duas férias por ano e escolhe quantas aulas quer lecionar. Para a grande maioria das pessoas, isso é uma afronta, pois em seus empregos, essas coisas nem de longe acontecem.
2 - Aposentadorias vindouras
Ninguém mais quer ser professor e o sistema em pouco tempo pode entrar em colapso porque praticamente a grande maioria dos profissionais que tem hoje irão se aposentar dentro dos próximos anos. De acordo com esta reportagem do Globo.com, 40% dos profissionais vão se aposentar em cerca de 6 anos. A carência de profissionais já sentida hoje vai se agravar no futuro, pois como afirmei antes, ninguém mais quer seguir carreira no magistério, e o grande fator, aquele que mais pega, são os baixos salários....
1 - Baixos salários
O profissional da educação, que estuda 4 ou 5 anos como a grande maioria dos profissionais liberais, possuem salários que dão vergonha de mencioná-los. Qualquer um, mas qualquer um mesmo, ganha mais do que um professor, e não precisa ter curso universitário nem técnico. É um misto de vergonha e raiva. O governo achata cada vez mais e mente descaradamente quando diz que deu mais de 40% de aumento. O governo não conta para a população que na verdade esse aumento, se deu em sua maioria na incorporação do salário base dos abonos e gratificações que já vínhamos ganhando há anos. O aumento real nem chega a 2%.
Com tudo isso, volto a perguntar: Quem ainda quer ser professor no ensino público? O que atrai nessa carreira que é linda mas ao mesmo tempo sem atrativo algum?
Um detalhe, já ouviram falar sobre a síndrome de Burn-out?