sábado, 14 de junho de 2008

Paralisação ou palhaçada?

Ontem na cidade de São Paulo, teve mais uma paralisação dos professores do ensino estadual, promovida por um sindicato infame, que fez com que a cidade experimentasse um grande congestionamento (bem, isso é comum em Sampa), mas o que realmente causa espanto é que essa paralisação fechou a avenida principal da cidade, a Avenida Paulista. Atitude irresponsável porque nessa região temos vários hospitais importantes, além do caos já mencionado. Me dá vergonha de dizer que sou professor.

Mas, Cido, você também não é professor do estado? Não vai me dizer que você não estava lá apoiando seus...

Sim, sou e não estava. E nem vou participar de uma palhaçada dessas. Sabiam que um outro sindicato também está preparando outra paralisação na próxima sexta-Feira? Será que não percebem o jogo político aí existente? Nós estamos sendo massa de manobra de sindicatos pelegos e incompetentes. Sabiam que os grandes barões, donos das grandes escolas particulares estão financiando esse caos na educação, no sentido de acabar com o ensino público? Essa história de parceria privada nas áreas sociais do governo, nada mais é do que uma privatização lenta e silenciosa.
O problema é que temos uma sociedade inculta, desestruturada, individualista e apolítica.

Há mais de doze anos que não há aumento de salário para os profissionais da educação, e nenhuma das paralisações feitas nesse grande período resolveu alguma coisa. Esses energúmenos que proliferam os sindicatos não lutou quando o governo impôs uma legislação que acabou com a educação, ao instituir ciclos básicos, progressão continuada e um vendilhão de outras coisas, mas fazer protestos e paralisações contra o envio de soldados para o Haiti e Timor Leste, contra a Alca, contra o fim daquelas contribuições que os trabalhadores fazem todo ano para os sindicatos, isso sim, eles fizeram, gritaram, e nós professores feitos palhaços, pensávamos: "o que é que tínhamos a ver com isso? E sobre as nossas condições de trabalho?".
É duro ouvir da sociedade, frases do tipo "O Sr. só dá aula? O Sr. não trabalha?";" Professor é folgado e vagabundo, tem duas férias por ano" e assim por diante.

Só irei acreditar que visaremos uma mudança revolucionária na educação, se TODOS, eu disse TODOS os professores, de TODOS os níveis, sejam particulares e públicos, fizessem uma grande manifestação para esse fim, uma paralisação que conscientizasse toda a sociedade sem o dedo de sindicatos, patrões ou políticos oportunistas. Isso realmente nunca vai acontecer. Muita utopia de minha parte. Photobucket

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