quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Carta aberta ao governador do Estado de São Paulo

Caro governador do Estado de São Paulo:

Parece que vossa senhoria, e por conseguinte o seu partido, tem declarado guerra à uma classe em particular, a dos professores. Todos os decretos, leis e declarações feitas nos últimos anos, seja na mídia impressa ou falada, vão nessa direção. E o que passa para a população é que os professores são vagabundos, e exclusivamebnte os únicos culpados pelo estado em que a educação se encontra, e cá entre nós, sabemos que isso não é verdade.

Em qualquer classe trabalhadora há os bons e maus profissionais, e portanto, não devemos puní-la por causa de alguns tão drásticamente. A legislação educacional criada pelo seu partido, além da total desestruturação familiar colaboram e muito com a situação que enfrentamos.

Não é com números, índices ou gráficos, que podem ser manipulados que iremos resolver o problema. E nem gastando dinheiro com propostas educacionais falhas ou com assistencialismos baratos que irá consertar anos e anos de defasagem.
Proposta pedagógica é ter Professor em sala de aula ministrando conteúdos inerentes a sua disciplina.


Proposta pedagógica é ter professor bem remunerado e feliz, sabendo que seu trablho é importante e que está fazendo a diferença.


Proposta pedagógica é fornecer ao Professor todo material indispensável para que a sua aula transcorra de uma maneira racional e saudável.


Proposta pedagógica é dar ao Professor é dar ao Professor condições suficientes para que ele não precise ficar se desdobrando em 3 ou 4 colégios.


Proposta pedagógica é entender que o Professor é parte principal na condução do ensino, da aprendizagem e da formação de um aluno.
Portanto, caro Governador se vossa senhoria realmente quer resultados e ganhar pontos com a classe, vista a fantasia do Papai Noel e nos dê presentes em forma de decretos ou leis, seria algo humano de sua parte. O senhor só precisa de um papel e de uma caneta, a sua assinatura num documento desses nos daria esperança.

Antes de nos avaliar por mérito, experimente respeitar a nossa data base salarial e nos dê um aumento de verdade, repondo todas as nossas perdas salariais. É uma vergonha saber que um zelador de prédio ou uma simples recepcionista possam ganhar mais do que um professor.

Mande diminuir o número de alunos por sala, acredito que 30 alunos em uma classe são suficientes. Em classes superlotadas não há proposta pedagógica que surta efeito. Não feche classes ou escolas. Dê autonomia para as escolas poderem gerir seus custos e e seu pessoal.

Mude essa legislação educacional que não vem dando resultados. Acabe com a progressão continuada e mude esse sistema de ciclos, voltando para o anual. O aluno não vê obrigação nenhuma em aprender já que ele sabe que não vai ser reprovado.

Essas atitudes entre outras aqui não citadas, moraliza a educação e com certeza, o senhor ganharia muitos pontos entre os professores. A educação tende a melhorar, assim como em qualquer outra área, quando se tem profissionais felizes, satisfeitos e respeitados por toda comunidade. E então nesse quadro, o vossa senhoria e a sua equipe poderão pensar em avaliações de mérito, ou qualquer outra coisa que vossas mentes brilhantes possam criar.

A educação é a base de uma grande nação, e eu sei que vossa senhoria vai concordar comigo.
(by A. J. Rosário - 02/12/2009)

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