sábado, 5 de julho de 2008

Destruição 4ª parte

A tempestade começava a se formar do sul. Rapidamente peguei algumas coisas essenciais, tais como roupas e alimento e estoquei no Helicóptero. Pretendia sair dali correndo, pois essa tempestade estava vinda de um jeito diferente, é claro que eu já tinha enfrentado outras, mas essa estava formando alguns ciclones e os efeitos dela já podia sentir. Meu objetivo era seguir na direção norte. Com a nave totalmente reabastecida, e com mais combustível em estoque, minha intenção era partir para bem longe daqui. As máquinas e aparelhos que eu vinha reunindo restavam em segurança, pois eu pretendia voltar. De repente, o que eram pequenos ciclones tornou-se um grande furacão. Nunca tinha visto um, era ao mesmo tempo trágico e maravilhoso.

Comecei a pilotar a nave. A subida começou a ficar um pouco turbulenta e sem entrar em pânico, comecei a direcioná-la opostamente à tempestade. Do alto puder ver o estrago que ela estava fazendo pelo caminho. Nunca tinha ocorrido algo assim. Meu medo era que alguma coisa lançada pelo furacão me atingisse. Eu tinha calculado a distância máxima de segurança. Estimei a velocidade do vento a mais de 350 Km/h, e o diâmetro do furacão além de 2500 Km, valores que excediam em muito dos furacões observados no hemisfério norte. Portanto, pretendia atingir pelo menos 3000 Km do ponto onde eu estava. Meu coração batia forte.

A devastação era imensa. Conforme eu ia em direção ao norte, a mesma cena se repetia: cidades destruídas, florestas dizimadas e nenhum ser vivo. Resolvi então ir em direção para outros países, e a mesma cena, a mesma destruição sempre se repetia.



Como nunca tinha ido a Machu Pichu, no Peru, resolvi dar uma passada por lá. Chegando, senti uma sensação estranha, talvez causada pelo ar rarefeito dos Andes. Aquilo era novidade para mim. As ruínas de Machu Pichu estavam diferentes das fotos que eu tinha visto, não havia mais algumas casas e templos, a destruição deve ter sido a responsável.
Comecei a percorrer a pé o local, maravilhado pela visão das montanhas a mais de 2000m ao nível do mar, eu estava sentido pela primeira vez os efeitos da baixa gravidade, e o frio estava um pouco intenso.

Do nada, começou um tremor de terra e imediatamente corri até o helicóptero. No alto vi que as ruínas que um dia fora a cidade dos incas, acabava de ser engolida totalmente pelo chão. Quando eu menos esperava um objeto metálico tomou o lugar da cidade e começou a subir. A turbulência atingiu em cheio o helicóptero que deu uma cambalhota no ar e as hélices foram totalmente destroçadas... A queda era inevitável. Agora sim, eu pensava, vou morrer para valer.

Era o meu fim, uma grande ironia, pois eu tinha fugido de uma tempestade mortal e iria encontrar o meu fim no meio das montanhas geladas dos Andes... Nem mais estava pensando naquele objeto metálico enorme que havia aparecido...

Continua...?

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